Durante
todo o dia de hoje (terça-feira 11/11) cerca de 40 profissionais de
diversas áreas se reuniram em Aracaju, debatendo ações voltadas
para usuários abusivos de drogas especialmente os de populações
vulneráveis. Atividade faz parte da agenda de eventos prévio ao XI
Encontro Nacional de Redução de Danos.
Organizada
pelo Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais a atividade se
dividiu basicamente em dois momentos: no primeiro foram apresentadas
experiências de gestão relacionadas com o tema no estado do Rio
Grande do Sul (criação de normativas sobre RD com negociações na
comissão bipartite), Testagem de HIV e fluido oral (Projeto Viva
Melhor Sabendo) e Projeto Braços Abertos (PMSP).
A
segunda metade da reunião foi dedicada a identificação de pontos
serem trabalhados para construção de uma agenda básica de
enfrentamento desta realidade. Dentre os pontos apresentados pelos
participantes se destacam a necessidade de aproximação entra as
áreas de Atenção Básica, Saúde Mental e DST/Aids e a reativação
do Comitê de Redução de Danos no Ministério. A questão de
formação sobre em RD foi um dos tópicos longamente debatidos com
análise de pontos de vista diversos sobre projetos como “Caminhos
do Cuidado” e outros, além da ampliação de diálogo com o
Judiciário, Ministério Público e profissionais de Segurança
Pública.
O
diretor do Departamento Fabio Mesquita, reconheceu a necessidade de
implementar ações de modo a garantir os avanços conquistados
principalmente diante de quadros adversos. “Tenho expectativa que o
segundo mandato da presidente Dilma irá permitir a retomada de
alguns pontos que necessitam um olhar diferente e ações de
retomada” , acrescentou. A representante da UNODC (Escritório das
Nações Unidas sobre Drogas e Crime), Nara Santos, sugeriu uma
ampliação da articulação com o Congresso Nacional visando a
criação de espaços de discussão sobre Direitos Humanos e uso de
drogas. Já Vera da Ross, presidente da REDUC (Rede de Redução de
Danos e DH) enfatizou a necessidade de ampliar a discussão no nível
internacional participando dos eventos das Nações Unidas e outros
principalmente os fóruns UNGASS e outras discussões. Cristiane
Moema, da ABORDA ( Associação Brasileira de Redução de Danos),
defendeu a lógica da ética na RD mas chamou a atenção da
necessidade de novas práticas a serem apontadas como forma de
fortalecimento das estratégias. Monica Malta da Fiocruz sugeriu a
criação de um GT para discutir criação de linhas de
financiamentos e pesquisa em RD além de identificar boas práticas
que podem ser replicadas em outras regiões.
Ao
final do encontro se decidiu pela continuidade dos debates, em torno
dos pontos , principalmente na busca de interface nas agendas das
diversas áreas de gestão e a participação efetiva da sociedade
civil.
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