As atividade que antecederam a conferência foram uma
ótima oportunidade para trocarmos experiências de forma mais informal e com
total aproveitamento.
Houveram vários workshops para debater os mais diversos
temas, desde do cuidado aos usuários até a influência do trafico de drogas na
vida das mulheres.
Eventos
Satélites 01/09/2014
·
Acabar com a Guerra às Drogas: Como ganhar o
debate na América Latina
Com condução de representantes
da United Against Crime, iniciamos nosso
debate com o objetivo de compartilhar as ferramentas e argumentos necessários
para a reforma da política de drogas na América Latina com um foco particular
sobre a regulamentação legal dos mercados drogas.
·
Reunião da Rede Latino-Americana de pessoas que
usam drogas (TBA)
Organizado pela Rede
Latino-Americana de pessoas que usam drogas (LANPUD), debatemos um projeto de
reforma e implementação de políticas coerentes com as realidades e necessidades
dos científicos / as usuários / as de drogas.
·
Encontro Continental de ativistas americanos
Cannabis Latina
Organizado pelo Coletivo para
uma política de drogas abrangente (CUPIHD) e Centro de Estudos da Cannabis
Culture (Cecca), a reunião incorporou ativistas centrais de boa parte dos
países da América Latina (Costa Rica, Venezuela, México, Porto Rico, Colômbia,
Uruguay). Como eixo central ouvimos de cada pais a realidade política e
cultural em relação às drogas.
Atualizamos informações sobre as atividades e
desenvolvimentos na regulamentação da cannabis em diferentes países da América
Latina, com ênfase especial sobre a situação no ativismo Costa Rica.
Eventos
Satélites 02/09/2014
·
Encontro de jovens na América Latina
Com condução da Espolea e Costa Rica Associação para o
Estudo e Intervenção sobre Drogas (ACEID) participaram jovens ativistas da
América Latina que trabalham para a reforma da política de drogas, a fim de
trocar experiências e ideias sobre o assunto para a ação. Tivemos uma ótima
explanação do debate por Bruno Gonzales (México), e trocamos das mais diversas
experiências, desde da saúde a segurança e educação para mudar a política de
drogas.
"Ela cresce a partir do pé": Como regular o
mercado da maconha, promovendo novas formas de desenvolvimento
Organizado pela Transform / PRODERECHOS. Houve uma
reflexão sobre a importância de regular a maconha na América Latina e trazer a
discussão de modelos de desenvolvimento desejável na região. E ouvimos do
Uruguai, o movimento social PRODERECHOS presente lei que regulamenta a Cannabis
no país.
DIA 03/04/2014 – INICIO DA V CONFERÊNCIA
Após a abertura com a participação de várias organizações
latino americana, iniciou-se o primeiro painel:
MERCADO DE DROGAS REGULADOS
Um estudo sobre o fracasso do atual sistema internacional
de controle de drogas baseada na proibição. Como resultado desta proibição,
estamos vendo o tráfico inventar novas formas de consumo, que aumentam de forma
latente a incidência de problemas relacionados a esse mal uso. Carmen Rosa de León
falou dos riscos que se enfrentam na transição do mercado criminal aos mercados
regulamentados e questionou até que ponto as políticas adotadas localmente
impactar o resto da região?
Exibição de um pequeno documentário com Jimmy Carter dos
Estados Unidos e fundador do Centro Carter.
O CONSUMO DE DROGAS E A SAÚDE PÚBLICA NA AMÉRICA
LATINA
Existe uma preocupação crescente em toda América Latina,
sobre o uso de drogas sob condições de alta vulnerabilidade social, com a
necessidade de um reconhecimento generalizado da necessidade de gerar respostas
a partir da abordagem de saúde pública.
Denise Tomasini
esclareceu que as necessidades das populações afetadas por esse uso, em maior
parte possuem outras demandas sócias básicas, e que existe uma necessidade de
maior investimento nas estruturas de tratamento desses usuários.
DROGAS E INCLUSÃO SOCIAL
América Latina é a região com maior índice de desigualdade
do mundo. Não apenas na falta de acesso a bens e serviços, mas também em
relação ao sexo, educação, etnia, e muitas outras condições sociais. Julita
Lemgruber levou a experiência do programa “Braços Abertos”, e animou nossa
conferência com a possibilidade de cuidar de usuários lhes dando direito também
a dignidade.
DIA 04/04/2014 – FIM DA V CONFERÊNCIA
No segundo dia tivemos boas experiências, citei as falas
que mais me tocaram, de grandes profissionais.
DROGAS E VIOLÊNCIA
Vários países da região estão enfrentando níveis
extraordinários de violência, que é freqüentemente associada com o tráfico de
drogas. Porém, um dos fatores que contribuem para o aumento da violência é a
resposta de mão pesada das autoridades com políticas punitivas e militarizadas.
Debatemos quais estratégias poderiam reduzir os atuais
níveis de violência.
Juan Carlos Garzón, da Colômbia nos falou sobre a
importância de humanizar os serviços que integram esse controle, contou as
experiências com o sistema repressivo na Colômbia, e a necessidade latente de
atuar de forma humanizada.
POLÍTICA DE DROGAS E DIREITOS HUMANOS
Na América Latina, é comum que promovem a política de
drogas de discriminação, rejeição e violência que levam a violações. Houve
explanação dos dados da ONU em relação a política proibicionista, e a cada fala
reafirmava-se a necessidade de fortalecer e modificar essas intervenções. O
Companheiro Luiz Guanabara do Brasil durante a mediação da mesa falou da
urgência de debater políticas mais condizentes com a realidade mundial das
drogas, reconhecendo o direito de escolha de cada individuo.
COM
VISTAS 2016 UNGASS
A Sessão Especial da Assembléia Geral da Organização das
Nações Unidas (UNGASS) sobre drogas convocada para 2016 oferece a oportunidade
de trazer o debate para o cenário global instalada na América Latina. Quais as
oportunidades e os obstáculos estão por vir? É possível construir uma posição
de consenso entre os países da região a avançar para propostas de reforma?
Debatemos a necessidade de fortalecimento da sociedade
civil junto aos espaços institucionais. Capacitar e preparar profissionais
também faz parte de um processo que a América Latina já vive, porém ainda não
reconhecemos oficialmente. Estamos prontos para apresentar o relatório desta
conferência e propostas para uma guinada na política de drogas e direitos
humanos.
Fico muito grata em ter contribuído para esse espaço, na
esperança real de trabalho que em breve aprenderemos a lidar com as pessoas e
suas individualidades, e poderemos fazer um trabalho importante para uma nova
política de drogas e de cuidados. Uma política que não encarcere mais dê dignidade
e oportunidade de cuidado e recuperação social.
Nossa vitória não será por acidente.
Ingrid Farias
Mobilizadora da ABORDA-PE
Coletivo Antiproibicionista de PE
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